sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E aqui estamos dando adeus a mais um ano que se passou. Não encaro isso como “mais um que se vai”, encaro como um passo a mais rumo ao amadurecimento. Pois é assim que a gente segue, sempre procurando amadurecer com nossas experiências sejam elas boas ou ruins.
Neste ano – como nos outros – muita coisa aconteceu. Neste vivi experiências únicas, ou até mesmo as que podem se repetir ao longo de meus dias. A verdade é que se eu fosse resumir 2011 em uma palavra, seria “mudança”.
A começar pelo ensino médio, episódio mais marcante para mim. Foi onde eu pude enxergar o fim do ciclo tão próximo. Onde eu pude conviver com pessoas de uma forma tão única, que nunca imaginei alcançar. O lado ruim é que dessas pessoas que conheci logo no fim, foram poucos os momentos que pude viver. E o lado bom é que me lembrarei delas sempre que pensar em como o terceiro ano – assim como o primeiro e segundo – foi bom para mim.  A conclusão de tudo foi que os amigos que enfrentaram comigo todos os obstáculos, mesmo que fosse apenas um trabalho em grupo ou uma prova, estarão guardados dentro de meu coração. Pode ser que algum deles entre somente nas lembranças, mas eu tenho certeza que tentarei fazer com que eles participem do meu próximo ano. Amigos não foram feitos para se perder, não enquanto você puder lutar para mostrar o quanto a presença deles importam. O quanto eles preenchem sua vida. E não importa se esses amigos me acompanham desde o começo ou os conheci agora, o que importa é que se são meus amigos mesmo, merecem meu carinho e consideração. E os têm.
Me aproximei da faculdade – mesmo que não consiga entrar em 2012 – e por isso entrei no cursinho pré-vestibular. Nele, onde imaginei só acrescentar conhecimentos, acrescentei amigos. Reencontrei duas amigas que haviam se perdido ao longo do tempo e me senti muito contente por poder reativar amizades fortes. Fiz novos colegas também, mas o que mais me surpreendeu foi ter encontrado alguém tão especial para mim. Este alguém que conheci através da internet, mas só quando pude vê-lo pessoalmente entendi que poderíamos nos dar muito bem. O resultado disso foi poder dividir meses ao lado dele. Dividir momentos, dividir obstáculos e entender que o real sentido de estar ao lado de alguém é muito mais que presença. É estar ali, “juntos lado a lado”. E isso se aplica a tudo, sejam dificuldades intensas ou obstáculos a ser vencidos. Desenvolvi a vontade de me doar e receber. Doar amor, receber da mesma forma. Desenvolvi também o que me faz ter vontade de vê-lo feliz, acima de todas as coisas. E ainda mais, a vontade de saber que meu amor pode ajuda-lo de alguma forma. E este foi o meu maior presente deste ano. E sou grata por isso.
         Não poderia esquecer também, de amigos virtuais que se manteram firmes ao meu lado mesmo que através de uma tela de computador. A quantidade diminui, mas isso só prova quem está disposto a vencer o tabu da distância pra ser realmente considerado amigo meu. E espero conseguir mantê-los por mais este ano comigo, pois mesmo que não possa vê-los, meu carinho só tende a crescer.
         E por último há a minha família. Obviamente me renderam bons obstáculos, mas me provaram aquilo que eu já sabia. Não importa quantos você ainda tem que vencer, o que importa é quem lhe ajudará com isso. E quem estará disposto a ficar ao teu lado independente de tuas derrotas ou vitórias. Só pelo simples fato de te amar como você é.
         Por fim, fui presenteada com a visita de parentes que há tempos não via. Poderei passar a virada do ano matando a saudade de pessoas sangue do meu sangue, pessoas que me viram nascer e hoje compartilham do prazer que a união pode proporcionar.
         Enfim, este foi o meu 2011. Com relação a 2012?
         Só o que espero é que ele possa me fazer crescer e me preparar para o que me aguarda nos próximos em que desejo viver. Que eu possa obter conquistas, e aprender com minhas derrotas. E que eu possa acima de tudo manter as pessoas que me fazem bem ao meu lado, e quem sabe conhecer outras capazes de acrescentar mais felicidade em minha vida.


Para todos, um ótimo 2012!

Amanda da Silva Peinado. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pais.

É comum nos perguntarmos por que as coisas costumavam ser tão simples e hoje já não são mais. Perguntarmo-nos onde foi parar as broncas por ficar até tarde na rua ou por tirar nota baixa na escola e porque elas se tornaram mais cruéis e complexas com o passar dos anos.
            Isso significa crescer? Agüentar fardos cada vez mais pesados, julgamentos cada vez mais críticos e cobranças cada vez mais rígidas quando tudo o que necessitamos é um abraço sincero e palavras de apoio? Isso não deveria ser assim.
            Crescemos para enfrentar a vida, passar de fase com cada vez mais maturidade e entendimento sobre os motivos das coisas tomarem seus próprios rumos. Crescemos com cada vez mais exigências em nós mesmos, afinal, não podemos nos apegar a justificativa que não condiz com a nossa capacidade de vencer. E se a própria exigência surge de nós, por que os pais não podem ao menos tornarem-se um pouco mais tolerantes conosco?
            Não estamos imunes a erros, até porque é errando que se constrói a vida. É assim que vamos aprender a não cometer o mesmo logo após. Sei que os pais não estão em nossas vidas apenas pra servir como base, apoio e é claro, deve sim nos corrigir e mostrar maneiras diferentes de enxergar a situação. Mas não podem esquecer de manter o equilíbrio para ambos os lados, pois as coisas não são fáceis para nós. É possível que os mesmos a julguem assim por entenderem mais, porém, nós não estamos no mesmo nível e não é sempre que conseguiremos enxergar da mesma forma.
            Queria poder mostrar aos nossos pais, o quanto pode ser difícil à transição da adolescência para a vida adulta, e o quanto os mesmos podem deixar marcas em nossas vidas que serão difíceis de apagar. Claro, vão deixar algumas que nos lembraremos sempre com gratidão, mas nem todas serão vistas assim. Queria também mostrar que apesar de não concordarmos com tudo, não tiramos ao todo a razão que os pais possuem. Só precisamos também ter nossa visão pra tudo, escolhermos nosso passo com base em nossas crenças e fundamentos.
            E espero que vocês – pais – possam se lembrar que assim como vocês terão a oportunidade de dizer “Eu avisei” em muitas coisas, terão a oportunidade de abraçar seus filhos e mostrar que apesar dos erros e da dificuldade da vida, sempre estarão conosco. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

2011. O que representa?

Para todos há diversas opções. Sendo apenas um ano, apenas rotina, “mais um que se vai”, para nós é bem mais do que isso.
O ano de 2011 – para nós – representou passagem. Uma que será dolorosa, porém merecida. Representou uma mudança de fase, pois tivemos que nos virar e deixar que os nossos momentos ficassem no passado e aprender a conviver com os novos que chegarão.
        Para mim, representará saudade. Isso porque este ano foi uma junção de todos os outros que trazem lembranças bem nítidas. Foi a finalização de um percurso nada fácil, mas que se tornou bom pelos amigos que estavam do lado. Não só amigos, como também os colegas ou apenas conhecidos. Pessoas que entraram com propósitos semelhantes, entretanto descobriram que estar ali valia muito mais que isso. Descobriram que estar ali com pessoas de diversos tamanhos e estilos faria mais falta do que o imaginado.
        Mas também, quem iria imaginar que nos aproximaríamos de pessoas que apenas conhecíamos de vista? Quem imaginaria que aprenderíamos a gostar do menino sentado na carteira detrás que na verdade não passa de um bobão, mas com um bom coração?  E olha que ironia, esse menino tinha um amigo que hoje é como seu irmão!
        E aos poucos os grupos foram se espalhando, se formando, se intercalando. Quando notamos estávamos falando com a menina do outro lado da sala, com a aluna nova, com a atrapalhada, o que vive pra dar risada. Com aquele meio lerdo, a “nervosinha”, a descarada. Tímido, simpática, atirado, animada.
        E por fim concluímos que nessa jornada ninguém é melhor que ninguém, pois na hora do aperto todos os grupos se fundem em um só, uma enorme e forte AVALANCHE!
        Na verdade, só não sente saudade aquele que foi forte demais para ir ao mesmo lugar por três anos e não se apegar a ninguém. Aquele que não se lembrará do sufoco que era estudar, mas sempre tinha alguém lá para te fazer rir até chorar. Que não sentirá um aperto interior ao lembrar de coisas boas que não podem mais presenciar.
        E esta pessoa com certeza não será eu.
        Apesar da saudade que ficará, vou lembrar do ano de 2011 (2010, 2009) como aquele em que conheci pessoas que nunca imaginei gostar, mas aprendi a desejar que o caminho delas seja repleto de motivos bons para ajudá-las. Que os frutos sejam dos melhores sabores, como conseqüência do esforço em plantar atitudes e semear a vida. E que o amadurecimento venha com o tempo, sem retirar de seu interior as eternas crianças com quem pude conviver e perceber que na verdade é por isso que todos puderam deixar as diferenças de lado e tornar a jornada mais fácil.
        Jornada essa que chegou ao fim, mas que nunca irei esquecer o que representou para mim.