Ah, que saudade... Saudade do que já foi, saudade do que não é mais. Saudade daquele beijo, saudade do que devia ser. Saudade daquele abraço que tanto serviu para aquecer. Saudade daquele amor que precisava padecer. Agora. Amanhã. Por algum tempo, talvez. Tempo duradouro. Tempo necessário. Tempo suficiente.
Hoje a saudade é a lágrima que molha a face de quem tanto ama. E é de saudade que se vive à vontade de querer proximidade. E a lágrima existe porque a vontade de não sentir saudade a formou.
Ô, saudade! Tu machucas tanto o coração de quem já não merece a dor. A dor, saudade, ela tem o costume de ser cruel. Você não sabe saudade? Ela dilacera o que há por dentro, ela aperta até sufocar. Deixa marcas que talvez nem o tempo consiga apagar.
Se puder, saudade traga de volta quem tanto recebe o amor. Não deixe que a distância machuque o coração daquele que faz de tudo para oferecer o melhor, e entrega o melhor.
Ô, saudade! Tens compaixão. O único motivo de você existir é porque a ausência quer persistir. E a ausência pode ir...
Adeus ausência, adeus saudade. A felicidade quer se aconchegar. Chega mais alegria, faz renovar o dia e o sorriso se encaixar. Encaixar? Nos lábios de quem tanto ama.
O retorno do abraço que tanto faz aquecer. Vai livrar da dor o coração que tanto quer bater. Bater livremente, bater saudável. Bater, bater, bater...
E ele bate por amar, saudade.
(Amanda Peinado - 27/11/2011)
(Amanda Peinado - 27/11/2011)